quinta-feira, 26 de julho de 2012

UFPR: Cursos e Profissões. Uma feira de ideias para o seu futuro


A Universidade Federal do Paraná realiza nos dias 14, 15 e 16 de setembro de 2012 a 10ª edição da “UFPR: Cursos e Profissões. Uma feira de ideias para o seu futuro”, em novo local, no Centro de Eventos do Setor de Educação Profissional e Tecnológica (Sept), na Rua Alcides Vieira Arcoverde, 1225, Jardim das Américas.

O evento é uma oportunidade para os estudantes que pretendem ingressar na universidade conheçam os cursos oferecidos, a infraestrutura da instituição, novidades sobre o processo seletivo entre outros aspectos do Ensino Superior. Todos os cursos da UFPR terão estandes próprios, onde estudantes e professores atenderão os visitantes, fornecendo informações e tirando dúvidas.

Confira toda a programação da UFPR: Cursos e Profissões.

Fonte: www.ufpr.br/portalufpr/eventos/ufpr-cursos-e-profissoes-uma-feira-de-ideias-para-o-seu-futuro/

terça-feira, 17 de julho de 2012

No ensino superior, 38% dos alunos não sabem ler e escrever plenamente

POR LUIS CARRASCO, MARIANA LENHARO 

Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa. O indicador reflete o expressivo crescimento de universidades de baixa qualidade.
Criado em 2001, o Inaf é realizado por meio de entrevista e teste cognitivo aplicado em uma amostra nacional de 2 mil pessoas entre 15 e 64 anos. Elas respondem a 38 perguntas relacionadas ao cotidiano, como, por exemplo, sobre o itinerário de um ônibus ou o cálculo do desconto de um produto.
O indicador classifica os avaliados em quatro níveis diferentes de alfabetização: plena, básica, rudimentar e analfabetismo (mais informações nesta pág.). Aqueles que não atingem o nível pleno são considerados analfabetos funcionais, ou seja, são capazes de ler e escrever, mas não conseguem interpretar e associar informações.
Segundo a diretora executiva do IPM, Ana Lúcia Lima, os dados da pesquisa reforçam a necessidade de investimentos na qualidade do ensino, pois o aumento da escolarização não foi suficiente para assegurar aos alunos o domínio de habilidades básicas de leitura e escrita.
"A primeira preocupação foi com a quantidade, com a inclusão de mais alunos nas escolas", diz Ana Lúcia. "Porém, o relatório mostra que já passou da hora de se investir em qualidade."
Segundo dados do IBGE e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), cerca de 30 milhões de estudantes ingressaram nos ensinos médio e superior entre 2000 e 2009. Para a diretora do IPM, o aumento foi bom, pois possibilitou a difusão da educação em vários estratos da sociedade. No entanto, a qualidade do ensino caiu por conta do crescimento acelerado.
"Algumas universidades só pegam a nata e as outras se adaptaram ao público menos qualificado por uma questão de sobrevivência", comenta. "Se houvesse demanda por conteúdos mais sofisticados, elas se adaptariam da mesma forma."
Para a coordenadora-geral da Ação Educativa, Vera Masagão, o indicativo reflete a "popularização" do ensino superior sem qualidade. "No mundo ideal, qualquer pessoa com uma boa 8.ª série deveria ser capaz de ler e entender um texto ou fazer problemas com porcentagem, mas no Brasil ainda estamos longe disso."
Segundo Vera, o número de analfabetos só vai diminuir quando houver programas que estimulem a educação como trampolim para uma maior geração de renda e crescimento profissional. "Existem muitos empregos em que o adulto passa a maior parte da vida sem ler nem escrever, e isso prejudica a procura pela alfabetização", afirma.
Jovens e adultos. Entre as pessoas de 50 a 64 anos, o índice de analfabetismo funcional é ainda maior, atingindo 52%. De acordo com o cientista social Bruno Santa Clara Novelli, consultor da organização Alfabetização Solidária (AlfaSol), isso ocorre porque, quando essas pessoas estavam em idade escolar, a oferta de ensino era ainda menor.
"Essa faixa etária não esteve na escola e, depois, a oportunidade e o estímulo para voltar e completar escolaridade não ocorreram na amplitude necessária", diz o especialista.
Ele observa que a solução para esse grupo, que seria a Educação de Jovens e Adultos (EJA), ainda tem uma oferta baixa no País. Ele cita que, levando em conta os 60 milhões de brasileiros que deixaram de completar o ensino fundamental de acordo com dados do Censo 2010, a oferta de vagas em EJA não chega a 5% da necessidade nacional.
"A EJA tem papel fundamental. É uma modalidade de ensino que precisa ser garantida na medida em que os indicadores revelam essa necessidade", diz Novelli. Ele destaca que o investimento deve ser não só na ampliação das vagas, mas no estímulo para que esse público volte a estudar. Segundo ele, atualmente só as pessoas "que querem muito e têm muita força de vontade" acabam retornando para a escola.
Ele cita como conquista da EJA nos últimos dez anos o fato de ela ter passado a ser reconhecida e financiada pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). "Considerar que a EJA está contemplada no fundo que compõe o orçamento para a educação é uma grande conquista."
(O Estado de S. Paulo, 17 de julho de 2012)

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Portal reúne vídeos de aulas das melhores universidades do mundo, com legendas em português


RIO - Assistir a aulas das melhores universidades do mundo pela internet virou uma realidade quando Massachussets Institute of Techonology (MIT) disponibilizou alguns de seus conteúdos de graça na rede, em 2002. O movimento foi seguido por diversas instituições e, agora, ficou muito mais acessível aos brasileiros: o portal Veduca, criado este ano, disponibiliza diversos vídeos, com legendas em português, de aulas em instituições americanas renomadíssimas como Harvard, MIT, Berkeley, Columbia, Princeton e UCLA.



O projeto foi criado por um grupo de engenheiros formados no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Eles perceberam que as principais instituições de ensino no mundo caminhavam nesta direção, mas que havia pouquíssimas experiências no país. Quando o portal entrou no ar, em março, rapidamente bateu a marca dos 100 mil acessos. Isso sem investimento em publicidade e divulgação. Hoje, já são 500 mil acessos e quase 5 mil vídeos disponibilizados.
Carlos Souza, um dos fundadores do 'Veduca', conta que, para colocar o portal no ar, eles contrataram 10 tradutores. No entanto, muitas pessoas começaram a procurá-los com o intuito de colaborar. Foi desenvolvida então uma plataforma no próprio site para os legendadores voluntários. Hoje, cerca de 100 ajudam com as legendas dos vídeos e o trabalho é todo supervisionado por especialistas, para evitar erros.
- O movimento do open course começa no MIT três anos antes de existir o YouTube. Só que apenas 2% dos brasileiros fala inglês bem. Então, havia um conteúdo enorme que as pessoas não tinham acesso. Temos uma carência muito grande na educação, há uma demanda enorme por parte das pessoas. Tem várias pessoas que entram em contato contando que estudam uma coisa, mas através do portal conheceram outras. Isso abre a cabeça das pessoas. Das pessoas que acessam a internet no país, 66% busca educação. Nossa meta é chegar a um milhão de acessos por mês até o fim do ano. E legendar todos os vídeos até 2013 - afirma Souza, um dos fundadores do projeto.
Além da legendagem, o grupo investe em ferramentas tecnológicas para facilitar a vida dos usuários. Uma delas permite que sejam feitas buscas no áudio das palestras. Por exemplo: se um usuário busca por Freud, será apresentada uma lista de vídeos em que ele é citado. Ao clicar na opção desejada, a exibição começará do ponto em que o professor cita o pai da psicanálise. Ao mesmo tempo, ao assistir um vídeo, aparece uma lista de notícias relacionadas com o assunto. Os recursos já provocaram até o interesse empresas de mídia.
No segundo semestre, o portal vai entrar de cabeça na produção de vídeos em universidades brasileiras. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) será a primeira delas.
- O próprio reitor entrou em contato com a gente para fazer este trabalho. Fomos para uma reunião e conversamos para que a Unicamp seja a primeira a participar do Veduca entre as brasileiras. Estamos muito felizes com o resultado. Não pretendemos fechar o conteúdo. Vamos sobreviver com publicidade. O objetivo é facilitar o acesso ao conhecimento - resume Souza.